O poeta como o próprio ato criador
Interlocutor do mundo
Em missão sagrada e clara
Traçando as linhas intensas do desejo
A fragilidade emocional
O chão (o sangue e a morte)
A dimensão maior do desalento
Sensações que emergem em cristalizações
Fábio deseja:
Ser outra pessoa
Ou então ninguém
O poema é destino de um entretempo pertencente a um outro contingente.
As estrofes seguintes exprimem o aumento do desencanto perante
a vida.
A memória é tudo o que se conta sobre o que existe
A vida segue
As pessoas morrem
(Somos casas com varandas)
Numa paisagem envolvente que não existe.
Tudo de bom que o mudo emana
Proporciona poéticas a quem percebe e tenta registrar a vida
O extraordinário da imaginação, do coração, do
dinheiro
Ser capaz de enxergar e assumir angustias
O presente também é ficção poética
Nós nos registramos naquilo que não existe.
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