terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um Coração Peludo

Cada vez mais particular
Eu vou seguindo.
Encontrando um lugar lindo dentro de mim.
Eu sei, não é assim.
No fim, o que queremos encontrar é o outro que nos habita.
A partícula que compartilhamos quando nos observamos e respiramos juntos.
Naquele segundo antes de dormir.
Quando os olhos viram. E os sonhos viram visão.
Eles não nos viram escondidos dentro do ouvido da razão.
Eles não ouviram. Nem ouvirão.
Pois estamos sozinhos. Em vão.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Agora

A única coisa que existe é o agora.
Passado é memória.
Futuro é projeção.
Sei que ambos, de certa forma, determinam o agora (E justamente por isso não nos entregamos ao Carpe Diem hedonista)

Fato é...que entre as ilhas líquidas que somos e entre a água invisível que existe entre nós, tudo o que existe é perfeito e equilibrado. (incluindo o fato de sermos ilhas liquidas permeadas por mais água)
A natureza não sabe operar de outro jeito...ela não se justifica nem pondera, ela é.
Puro equilíbrio, constante, perpétuo. Desde antes da pedra ser pedra até depois de tudo o que há depois.

Um olhar cartesiano enlouqueceria...

Muitos enlouquecem.

Esses contínuos e subsequentes agoras, não lineares, nos dão o tempo todo a sensação de que existe algo a ser chamado de tempo - De novo, coisa cartesiana - Ah, Descartes...entendo seu intento....mas o mundo não está nem aí pra ele.

Pra ninguém.

Vivemos sempre o melhor e o pior dos tempos...simultaneamente....a isso chamo equilíbrio.
A natureza opera o tempo todo no máximo de sua capacidade...os homens também...mesmo que não pareça.
O que acontece é a única coisa que poderia acontecer.

E é isso o que temos...
Pensando em tempo, dando o nome de tempo para aquilo que temos...temos muito pouco.
Portanto, permita-se.
Mesmo que seja o nada.

O que existe, agora, é tudo.
E se vc está aqui, agora, é tudo seu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Bom dia.

Acorda!
O que aperta teu pescoço é o grito que você não solta!
Acorda!
Se você pular deste banco, não tem mais volta.
Acorda!
Há quanto tempo a esperança é morta?

A corda que nos une é torta, eu sei...

Há cordas que emitem notas...
Desejo freqüências doces te levando ao abandono...ao som do sono.

Até a volta.