terça-feira, 10 de maio de 2016

Contempóspóspós

As questões que se apresentam muito bem representadas mas concretamente tentam sintetizar O nada.

Alteração de estatutos, fuga de estigmas, em vão.

Corre, foge, nega.

E nasce uma nova convenção.

Placas Tectônicas.


A tônica no processo técnico
A tônica na hierarquia política


É tipo a Tônia Carreiro montada numa égua atômica, tomando água tônica, descendo a Maria Antônia lá pelo anos setenta ou oitenta (não tenho tanto tempo à toa pra tentar lembrar, mas eu estava lá).

O que é que temos aqui logo no primeiro momento?

Vários conselhos sobre o que deveria ser.

Ideias daquilo que nunca seremos.

Tentativas, é claro, louváveis.

Fracassos memoráveis.

Só mais um dia comum.


Isso é uma coisa

isso é outra

isto é outra

isso é outra

outra

e
outra.


Agora a mesma coisa
Só que meio diferente

Sempre a mesma coisa

e outra

e outra.

E isso

agora

já é outra

(da mesma)

A sinopse da sinapse


Um filme mudo.
Uma foto cega.

A Música manca e o teatro louco dançando solidão.

ISTO JÁ É UM ESPETÁCULO.

A mera meta-teatralidade é tanta questão aos mecanismos de representação que voluntariamente constrói a prisão do pensamento.

Esqueça atores.
Esqueça texto..
Esqueça significado...

Eis que o público esquece de comparecer.

(Teatro pra ninguém)

Aplausos.

Tri


Aqui
Agora
Tudo
Embora

(disse que não vem)

Se calhar
Algures
Um mergulho
Seco

(no barulho)


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Geração espontânea
Criação coletiva

Vida coercitiva.

A corrida em busca do sucesso: manifesto futurista de fachada.
O progresso do fracasso brasileiro:
Balaiada.


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A técnica
A política

Os binômios sem nome.

A pirâmide da bola (tola plataforma)

Possibilidades.




Menosum


A profunda superfície do que somos
(Univitelinos com o cosmos)

Os sonhos mais concretos dos seus anjos são elogios cômicos do óbvio

Um exemplo fácil:
O prefácio do epitáfio do silêncio.

A dor do arrepio
é o presente do momento.


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Um susto mudo
Um mundo umbigo.

Ambíguo, obsceno.

Precipício.

A relação da interpretação e nós enquanto coisa única.

Temos que pensar sobre isso, Helena...

Assuma qualquer forma...
menos um poema.

Aula


Escreva sobre Scribe e sua escrava.(A mulher de Heiner Muller)

Descarte Descartes

Namore um russo chamado Rousseau (O ator preferido de Artaud)
Encontre um checo primo de Tchekhov a matar um gordo numa gôndola lendo Goldoni

Eis o ranço de Racine:
Um cisco no olho de Piscator

A brecha no sistema de Brecht (broxou)

Strinberg ficou histérico (deu um grito dentro da gruta de Grotowski) porque viu Samuel enrolando um Beckett

Ibsen, obsoleto, se abstém.

Querido Alfred, Jarry disso tudo.




segunda-feira, 2 de maio de 2016

Ponte Instrumental



Vi-o Lino , vil.

Vi-o là , toa.

Flauta franca
Corda solta.

Clarinete (claro como a neve).

Oboé de fixe.

Um maestro destro obrigado a usar a mão esquerda.

Um mal educado alento a buscar o encontro na perda.

Eu Bateria a cabeça na sua Trompa de falácia

Há fago-te.

Xilofone chulo.

Falta de arpa.

Coda

No

One

Nem
Um

Não


Ninguém

À
Ver
Te








                                                                                                               


                                                                                                                   


                                                                                                                                   Nem a lágrima veio

Saldade

Num dia
Nuvem
Não vem
Nada.


Num
Movimento
Único

Dispara e dissipa
Dissolve e dilata
Desdobra a dúvida deitada.

Sem nome
Sem data

Só o pobre
Mais nada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Se oriente, médio

Uma suruba na Arábia Saudita.

Homem bomba.

Paulestina:

Você dá, Vi?

Entendi as burcas.












segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Ex



Ex namoradas são como arrumar os óculos sem estar usando óculos.

Me explico:

Vc usa óculos?
Se não....vai ser difícil entender mesmo, sinto muito.

Se sim...vc já fez isso, certo? (arrumar os óculos, sem óculos)

Não é uma sensação estranha?

Dá até uma certa vergonhinha quando vc se dá conta do que fez, não?

Então...

Pensei...em ex namoradas...
Qualquer uma....de qualquer um que use óculos.

É algo que ficou tanto tempo na sua cara...moldando, de certa forma, seu jeito de ver o mundo.
Duas novas lentes
Dois novos filtros
(Que em teoria servem para deixar tudo mais nítido mas, na prática , com o dia a dia,  suja, embaça, risca, quebra)

Não importa...Não importa a história

Fato é que em determinados momento tiramos nossos óculos.
Quando estamos realmente sós.
São raros, mas estes momentos existem...
E às vezes.... nesse pouco tempo que vc está só e vendo por sí.

Vc arruma os óculos.


É como querer consertar algo que não está mais lá.


É uma reação mecânica à uma presença fantasma.


É uma ex namorada na cabeça.

Arrumar os óculos, sem estar usando óculos.

Não chega a incomodar...mas é estranho.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Retrodigestão e Pensamento Cítrico



Perante os desafios/
da pós modernidade.

Onde tudo é líquido/
e puro pó de vaidade

O pensamento crítico/
não é suficiente.

É carente de gente.

Virou número.

Procura um compromisso
entre a velha racionalidade

e
a

universalidade intemporal

(pode ser bom exercício...
pro ocidente,
de um modo geral.)

Esqueça a razão
Tente ser razoável.

Há um Lugar
Inserido num Tempo
Que te dá um Contexto.

Não seja besta.

Na impossibilidade de conhecer o mundo em si mesmo
ou de conceber
enquadramento universal
que nos permita
explicar
a
ação humana
de maneira
geral

Kant comigo:

"O que posso conhecer...lá lá lá...o que é que vou fazer...lá lá lá"

Se não conseguimos explicar...
Vamos analisar nossas tentativas.

(parece pouco, parece pobre...mas não é)

Sejamos transversais.