sábado, 13 de janeiro de 2018

POEMA MATINAL (não sei se é meu)

-->


Não chegamos tarde
Visto que é sempre agora
Tudo é tão novo quanto o novo sempre foi
Todo dia é.
Habitar ombros de gigantes causa essa estranha e vertiginosa lucidez

Um potente resumo




Na forma do poema
Ocorre o de repente

Alegoria da leitura
O tal algo que sobrevém
Sutil e simultaneamente

Cito versos e analogias
Essa fala estranha e anárquica
Trata-se de uma voz que formiga
Estática.

Presença & Fantasia.


A latência de uma vida intensa e vazia
Constelação sem mitologia
O momento e o instante epifânico
Eis a discreta plenitude.

Figurações da intensidade da própria experiência.

Enquanto ela dorme

-->
Caeiro foi, enfim, um conjunto de imagens sem imagens
Autofiguração de sí próprio
Nem todo, nem partes

Seria interessante contestar...

Tudo é da ordem da diferença sem diferença.
Espremido e exprimido num livro explêndido, metafísico.

A poesia como possibilidade e impossibilidade de epifanias
Numa descrição mais conhecida.

É isso que me interessa:
Uma manhã de sábado e sol onde tudo se revela fora do tempo e do espaço, descobrindo a isenção das mitologias em milhões de pedaços de vazio.

(sentidos e poéticas)




Se o que Platão escreveu já é o que ele entendeu do que Sócrates disse...
Estamos todos perdidos
(ensinar e transmitir não são a mesma coisa)

#############


Chamamos de caos certo tipo de ordem que ainda não deciframos.
A verdade, segundo Saramago, é um rosto sobreposto por infinitas máscaras variantes.


 #############


O gêmeo que nasce depois é o mais velho. Foi gerado primeiro.
Cesário Verde e suas pinturas verbais.
Há poética nos cinco sentidos.
Talvez mais


O "x"

-->
O poeta como o próprio ato criador
Interlocutor do mundo
Em missão sagrada e clara
Traçando as linhas intensas do desejo

A fragilidade emocional
O chão (o sangue e a morte)
A dimensão maior do desalento
Sensações que emergem em cristalizações

Fábio deseja:

Ser outra pessoa
Ou então ninguém
O poema é destino de um entretempo pertencente a um outro contingente.
As estrofes seguintes exprimem o aumento do desencanto perante a vida.
A memória é tudo o que se conta sobre o que existe
A vida segue
As pessoas morrem

(Somos casas com varandas)
Numa paisagem envolvente que não existe.

Tudo de bom que o mudo emana
Proporciona poéticas a quem percebe e tenta registrar a vida

O extraordinário da imaginação, do coração, do dinheiro

Ser capaz de enxergar e assumir angustias
O presente também é ficção poética
Nós nos registramos naquilo que não existe.

(Almada é solar, Pessoa é lunar)



Não ser filosofia
Ser sentido!!

É na simplicidade absoluta que reside a complexidade

Visão e pensamento muitas vezes são sinônimos

Anda!


Eu me perco
Sozinho
Em irritação e pensamento
Cachorro que corre atrás da causa

A falta de noção que acuso, não uso.
(e abuso da paciência do outro)

Que escroto
Eu solto frases ríspidas , frias, certeiras
Destruo e aponto grosserias
Quem dera não dizer o que digo.

Eu minto
E imponho um comando medonho
Panóptico patético
Funciona

E você se transforma pra mostrar que me ama.
É a lama
Da pior faceta humana
Pequena

Envenena a alma mais plena que já tive o prazer de assistir

É triste verme assim
Vergonha
Humilhação estúpida, póstuma, inútil.

É preciso ser prático
Não apenas um verme enfático
Patético trágico, poeticamente pobre
Um esnobe ignorante egocêntrico


Lamento existir assim.


Chega, né?
Faz-te homem, pra ontem.

No pelo


Apelo aos sentidos
Ao belo esquecido
Ao incipiente

À bibliografia
Ao interesse da disciplina
À liberdade da pesquisa

Apelo ao gosto pessoal
Mas posso recomendar
Nós
E um colóquio de Letras

Sempre haverá, depois, um livro
Algures no senhor google
Sobre um poeta pintor que floreia a memória

A palavra não é de ninguém
Toda letra é sugestão.

Talbez


É muito desassossego
Não nego
Não julgue a minha pessoa
Eu não me livro deste livro não escrito

Eu não seria capaz de lembrar nem os nomes dos três heterônimos (Caeiro, Reis, e meio Soares) de Pessoa.
Quiça criar um.

Quem sou eu para explicar a realidade?

Ofélia Queiroz, talvez.

É tudo sobre educação sentimental


O mínimo:
De maneira extraordinária e desmedida
Subitamente satisfeito
De carne e humor

O gosto daquilo que gosto.

A dor como matéria infinita de análise
O coração, se pudesse pensar, pararia se perguntando onde está Deus (mesmo que não exista)

Imagine o que seria...


O duplo
Os duplos
Personagens e intrigas
Múltiplos

Conceitos alargados de figuras em adesão desigual
(são dinâmicas que não obedecem ideais)
Conceitos que não param
(Transparência, transficção, transliterário)

Mas é tudo depósito de repertório.

Estrelas conceituais:
Metalepses num dicionário de personagens

Gênios de intuição inovadora e extraordinária

Palavras que conduzem a perguntas:
Como definimos o conhecimento?

Temas epistemológicos relevantes
Prenúncios e premências
Campos disciplinares analíticos
Percalços que valem como críticas justificadas em seus percursos.

A borracha do passe de mágica
ABRE-TE SÉSAMO

Novos termos para novos conceitos:
Analepse
Prolepse
(A linguística mora na casa ao lado)

Escritor Desamparado


 
Narrador e narratário numa lógica cientifica que clama a influencia de intertextualidade

Meros conceitos correlatos

INTER – TRANS – CON

Princípios ideológicos e indentitários.
(meros esforços teóricos)

É preciso apurar e depurar o labor da criação literária, afinal, é sinuoso, inevitável e repetido através da experiência do mundo.

Construir personagens que sejam elos de conexão fantásticos e insólitos.
A figura e seus conceitos abrangentes e problemáticos:
O conceito de Pessoa
O Herói da composição
A Memória e a Vitória da emoção.

No fim...
É tudo ficção.

Épico, epopeia, algures no oriente
Claudicando por poemas

Para resolver seus problemas:

-->

1 -

Talento para vidas imaginárias
Escolha Virgílio como guia
Zaratustra como oráculo.

Transite por aldeias hindus digitais
Seja realmente ficcional em seus gestos
E ganhe vida própria

Infiltre-se nas figuras meta-ficcionais (pessoas outras que indagam os narradores)


2 -

Destinatário imediato do relato
A sobrevida
A lógica inconsciente que procura fixar conceitos:


3 -

Figura – Performance artística homológica com consciência de sua própria especificidade, espiritualíssima, indizível, contempladora da existência humana.
Pessoa – Entidade variavelmente visível.


4 -

1, 2, 3
Complexidade combinatória envolvida na história que sobrevive no tempo e no ato narrativo
A pessoa humana deve ser sempre o centro da questão, com importância extraordinária.

Apoplexia e coice de mula


Nada de especial me interessa em terra.
É preciso navegar (ato impreciso)

Uma outra dimensão precisa e polifônica: laços interditados entre ideologias e identidades refletidas em discursos

Associações em unidades superiores longe de ideias

No estado atual tudo é dinâmico, gradual e complexo.
(um grande imperativo ético que será remediado infinitamente)

Ironia
Conhecimento teórico e repertório: “tens razão”

O conhecimento é sempre escasso, precário, provisório.
O repertório nunca será suficiente
A ironia pode conter algum tipo de salvação.

Contradições e desafios
Único e universal
Perfeitamente incompleto

Não ter dúvidas é a mais estúpida das certezas.

A realidade dói por que implica em morte.
O tempo é o mistério que dana o cotidiano
O ser humano é estético.