sábado, 7 de julho de 2012

Ponstan

Eu não começo com eu. Eu não me conheço. É um negócio e eu não posso falhar nem contar pra ninguém o que é que tem pra trás do lado de lá. O lado de cá...e um quadrado que não fica de pé. Eu não deveria ter escrito isso. Eu não deveria ter nascido. Carrego correndo quatrocentos quilos de cimento e três filhotes de jumento. Aí não agüento e deságuo alguma coisa que me traga calma...talvez a fauna. No afago de um gafanhoto canhoto ou de um garoto que perdeu os pais. É ruim pedir demais...não satisfaz,só trás saudade. E não é por maldade, não me leve a mal...mas se a piedade é um sinal banal..tens razão, Amália, e ponto final. Amá-la , que eu saiba, não será igual a nada. Mas eu não sei de nada e acho tudo igual. Eu não começo com eu. Eu não me reconheço. Eu te peço e tropeço em vc dentro de mim. Me perco. De novo. De noite. Eu morro de sorte pelo caminho. Agora. Sozinho

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