Acomodar o corpo no tamanho dos sentimentos.
Quando bato na mesa e grito para mostrar força, na verdade apresento-me fraco.
Nasci atrás dos montes. Lá o povo é chucro.
A morte nos olha o tempo todo. Mas nós não a vemos.
Atenção pura sobre o que existe.
Um futuro póstumo.
Uma memória impossível.
O sujeito multipartido.
Mal Parido.
O terror nos olhos do protagonista que matou a medusa de medo.
Perseguimos uma identificação impossível.
Um encontro poético onde as possibilidades desaparecem.
E vida e morte deixam de ser.
A partir daqui eu vou tentar.
A partir daqui eu vou tentar.
A partir daqui eu vou tentar.
Com Sócrates e Freud sobre a mesa.
E com o desejo debaixo do braço.
Escrevo desastre.
Inscrevo nada na água.
Um signo de peixes.
Nada.
Nada.
Nada.
O caráter bruto das impossibilidades.
Gera a verdade de que todo pensamento é ficção.
É preciso aceitar o presente perpétuo da morte e do esquecimento.
Dar forma ao fim do mito individual.
Eis que morrer se torna impossível.
Justamente no instante da minha morte.
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